segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pedagogia da Autonomia



O livro “Pedagogia da Autonomia”, apesar de ser uma leitura cansativa, agrega muito, pois além de conceitos práticos trás mensagens valiosas para o futuro docente. Em termos gerais, o livro, além dos valores morais preconizados pelo autor, ele fala da importância para o profissional de docência, assim como para os demais profissionais, gostar do que faz. Ele fala que ensinar é um processo de troca entre aluno e professor, onde ambos aprendem e onde ambos crescem como seres humanos, e enfatiza a questão da relação docente-discente defendendo que é de fundamental importância no processo de docência a motivação.

O Sorriso de Monalisa


Sob o prisma da disciplina ora aplicada, o filme trata da atuação de uma professora, recém-chegada a um colégio extremamente conservador, que precisou adequar sua didática de ensino após o primeiro dia de aula. Ao constatar que suas alunas já tinham conhecimento prévio do conteúdo, suas aulas tornaram-se sem efeito, frustrando, assim, suas expectativas em relação à sua atuação. A partir daí, tenta inovar suas aulas no intuito, não só de passar, mas também de instigar a sede do conhecimento em seus alunos. Entretanto, seus métodos são pouco ortodoxos para a época.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Viver como irmãos


"Temos aprendido a voar com o os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos."
( Martin Luther King )

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Vocação...


"Há pessoas que nos libertam ...Há pessoas capazes de extrair de nós o que há de melhor e mais bonito, multiplicando nossos poucos talentos.Há pessoas que semeiam flores de esperança e luz; nos tomam pela mão conduzindo a novas descobertas.Há pessoas que nos injetam vida, otimismo e confiança.Assim, pensando e agindo, viajam no tempo e exploram o futuro, acendendo a centelha da esperança, renovando alegrias.O Professor é esta pessoa que liberta. O Mestre que descobre talentos, seduzindo e orientando seus alunos em novos horizontes.Com sabedoria e delicadeza vê as coisas mais simples com brilho nos olhos, levando no coração a certeza que está participando da realização de sonhos".

A Difícil Arte de Ensinar

"Aquele professor não tem didática! Esta frase é constante entre os alunos secundaristas e também universitários quando comentam sobre a aula de algum professor que pode até ser um excelente pesquisador e que com certeza tem domínio de alguma disciplina mas que não consegue fazer uma ponte entre o que sabe e o aluno. Isto é comum e mostra realmente que para ser um bom professor não basta apenas saber, tem que saber ensinar, o que envolve outros requisitos além de um conhecimento profundo do conteúdo.
O ensinar não envolve apenas as práticas que o professor possui, mas também as maneiras pelas quais ele irá dispor desses conhecimentos em sala de aula. A tão comentada didática, já vem desde os tempos imemoriais dos gregos e significa um modo de facilitar o ensino e a aprendizagem do aluno de modos e de condutas desejáveis. Isso requer um determinado esforço por parte do educador, uma prática pedagógica bem construída, planejamento de suas aulas levando em consideração as necessidades do aluno e seus conhecimentos prévios. A preparação de quem deseja ensinar envolve conhecimentos teóricos, não apenas de física, mas também de teorias de aprendizagem, epistemologia, história e filosofia da ciência que contribuem claramente para desenvolver uma capacidade mais profunda e crítica. Além disso, o professor não deve fazer de sua prática educacional um ato burocrático, que apenas ensina o que está nos livros, ou no currículo por ele desenvolvido, simplesmente despejando conteúdo na cabeça dos alunos, tratando-os como baldes mentais (teoria do balde mental de Popper), sem ter uma preocupação real se de fato a aprendizagem está sendo construída.
Como pode-se perceber, são muitos os requisitos que fazem a diferença entre o professor que sabe e o que sabe ensinar. Infelizmente, hoje criou-se a imagem de que qualquer um pode ensinar, basta se munir de um Bonjorno e a aula de física está garantida, o que vem banalizar muito o ensino de física nas escolas. Há pouco tempo, a região do Vale dos Sinos abriu inscrições para contrato emergencial onde, devido à grande dificuldade de se encontrar professores de física, estavam requisitando até mesmo alunos de primeiro semestre, isso quando não são contratados profissionais de outras áreas como engenharia e biologia.
Reafirmando o que disse anteriormente, a formação de um educador não requer somente as aprendizagens cognitivas sobre os diversos campos do conhecimento, que sem dúvida é importante (porque deve-se saber para ensinar), mas também deve haver uma preparação filosófica, científica, técnica e até afetiva para o ofício de ensinar. Conhecer a história da ciência torna o ensino de física mais rico e fascinante, apresentando-a como uma ciência viva, como construção humana; conhecer um pouco mais sobre a história dos grandes cientistas ajuda a motivar os alunos para o aprendizado, aguçando o seu interesse e a sua curiosidade, mostrando-lhes que os conhecimentos não são definitivos e que ainda há muito o que se fazer e descobrir.
Os conhecimentos epistemológicos auxiliam o professor a detectar dificuldades e obstáculos que estejam impedindo a aprendizagem do aluno. As dificuldades são diferentes de obstáculo, enquanto a primeira é técnica (não saber usar alguma ferramenta matemática, por exemplo), a segunda por sua vez já se trata daquelas concepções que os alunos trazem (as chamadas concepções alternativas), que não lhes permitem apreender o significado correto de alguma teoria física. Neste sentido, conhecer os filósofos da ciência contemporâneos pode ajudar e inspirar o professor a encontrar estratégias didáticas que auxiliem o aluno a fazer a mudança conceitual, o que não se consegue apenas com aulas expositivas no quadro-negro e simples deduções de fórmulas.
E, apesar de tudo isso que tenho colocado, é importante salientar que um educador nunca estará definitivamente pronto, formado, pois a sua preparação e maturação se fará no dia-a-dia, na reflexão constante da sua prática".